quinta-feira, 9 de junho de 2011

Parte 6

Bem, hoje contarei minhas inspirações musicais.
No começo eu ainda não tinha um estilo definido, mas quando começamos procuramos seguir sempre algum artista ou banda.
Eu não tinha uma definição perfeita a quem seguir.
Na Bahia tinha a BANDA FURTA COR, que sempre acompanhava, LUIS CALDAS E ACORDES VERDES, mas tinham poucos shows.
E era a famosa época do baile como já disse no passado, mas esses artista não faziam mais baile.
Logo após veio o movimento rock nacional com bandas como PARALAMAS, TITÃS, LEGIÃO URBANA e outros.
Identifiquei-me com esse movimento e comecei a segui-lo, poxa eles tinha uma imensa qualidade e músicos de responsa .
Meu irmão ADEMAR me chamou e me entregou um disco dos BEATLES, eu peguei o disco e joguei no canto! Na época radical, disse que era coisa antiga (preconceito) coisa que músico não pode ser nunca.
Continuei seguindo meu ídolos do rock nacional e artistas da música instrumental.
Um dia bebendo umas no quarto resolvi colocar o disco só pra ver o que era. Menino quando tocou a primeira faixa, fiquei de boca aberta (era aquele disco branco duplo). Passei a noite toda escutando e fascinado com os caras de Liverpool fui de manhã no quarto de meu irmão e disse a ele, o que foi isso que vc entregou! É maravilhoso.
E ele me disse calmo e alegre! Eu te entreguei há um ano atrás para você conhecer como os caras há 25 anos eram atuais, e como os roqueiros seguiam eles na risca.
E ele estava certíssimo. Aqueles caras de Liverpool eram mágicos, eles conseguiram fazer uma música bem diferente e que rompe barreiras do tempo, até hoje escuto BEATLES e ainda continuo achando atual.
Aprendi que na música não devemos ter preconceito com nenhum estilo musical
Acho que em todos os estilos podemos fazer alguma coisa boa e produtiva.
Aprendi também que devemos respeitar os colegas de trabalho (os músicos, produtores e etc...), pois todos temos uma coisa de bom para oferecer.
Por hoje é só pessoal e um beijo no coração de todos.

terça-feira, 7 de junho de 2011

Parte 5

Oi tudo bem ?
Tenho novas histórias para contar.
Quando comecei a gravar, conheci e fiz amigos fiéis, um deles foi RUDSON DANIEL(PERCUSSIONISTA).
Fiz várias gravações de sucesso com ele, outro que também gravei muito e toquei, foi ALAN MORAES (BAIXISTA) que me ajudou muito no início de minha carreira, outro que conheci logo depois foi JAGUAR ANDRADE (GUITARRISTA).
Com ALAN MORAES, JAGUAR ANDRADE E GLAUBER CONI formamos uma banda de pop, chamada CONIC JAM , banda essa que na década de 90 inovou, usávamos um equipamento. Sequência onde tinham instrumentos gravados e tocávamos juntos com ele.
Na época era uma grande novidade, pois se ouvia instrumentos que não estavam no palco, como percussão, metais, teclados e sinte, e o som parecia gigante, com muita massa sonora, e para tocar com sequência precisava ser bom de metrônomo e ter muita concentração, pois não poderia errar a forma da música! se não dava tudo errado, nisso sempre fui bom. Eu que fazia a programação da sequência.
Quando subíamos no palco sempre arrasávamos, fazíamos o público delirar com vários hit´s.
Hoje isso é fundamental para vários shows, e quase todos usam computador no palco.
Infelizmente não conseguimos segurar uma banda de pop na terra do axé
e cada um seguiu seu rumo e fomos tocar com artistas como sempre fizemos antes .E nossas amizades sempre firme.
Voltando as viagens internacionais. Nessa mesma década fomos ao Caribe (ARUBA) com ADEMAR E FURTA COR.
Lá tivemos o prazer de dividir palco dois dias com GILBERTO GIL
Foi maravilhoso, pois ele realmente é uma pessoa muito especial.
Por hoje é só.
E um beijo no coração de todos.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Parte 4




Bem,no começo dos estudos de bateria aconteceu uma coisa muito engraçada.
Eu estava tirando músicas para estudar, e tinha uma música de LEONI recém saído do Kid Abelha, que eu não conseguia tirar de jeito nenhum.
Um belo dia fui ensaiar com uma banda de garagem, e no meio do repertório estava a bendita música! Acho que o nome da música é “Só pro seu prazer”.Aí pensei meu DEUS! O que é que eu vou fazer agora?
Aí disse: “Essa música não vai me vencer agora não.”
Essa foi a primeira vez que trabalhei sobre pressão, não sabendo que viriam várias outras.Foi muito difícil, suei frio, mas conseguir tocar, poxa sair de lá pulando de alegria. Depois vieram os shows de verdade e ai já tirava de letra.
Logo após comecei a tocar profissionalmente, e veio o primeiro desafio.
Fomos contratados para tocar em Brasília e acompanhar vários artistas do Axé Músic
Além de fazer o show da banda, ser a banda base para os outros.
Eram artistas que estava em crescimento regional, nacional e eram vários.
Ensaiei muito e ficou tudo redondinho.
Quando chegamos a Brasília, soube que iríamos tocar ao lado do estádio de futebol,um campo aberto imenso, fomos passar o som e fiquei pensando pra que aquele palco tão grande !
Na hora de irmos pro show, comecei a ver uma multidão indo em direção ao estádio,pensei que teria jogo no dia, que nada! Eram todos para show quando subir no palco não conseguia ver o final do público, a policia fez um cálculo de+ ou - 100 mil pessoa.
Foi o primeiro público gigante que eu peguei, muito massa ver aquela massa pulando ao som de nossa música.
Por hoje é só pessoal.

sábado, 4 de junho de 2011

Parte 3

Bem, agora eu já tocava e estava inserido no mundo da música, mas como eu disse isso foi só o começo. Antes desses episódios aconteceram coisas incríveis.
Eu não tinha um instrumento só uma bateria de estudo (borracha) e tinha que resolver isso , pois no tempo do famoso baile, as bandas tinham os instrumentos, e no Brasil não tinham instrumentos bons.
A melhor bateria nacional na época era a (super pinguim), essa foi a primeira bateria que eu vi.
As bateras boas era a Pearl e a Yamaha, isso digo as que chegavam aqui na época, então me joguei e peguei uma Yamaha top, muito cara, mas me virei e paguei.
Comprei com dona Ivone (ANTIGA CASA MILTON) hoje MUSIC HALL.
A vida era muito mais linda naquela época e não sabíamos!
Ou sabíamos e não ligávamos.
Cantando com o grupo AVATAR começaram as viagens internacionais.
A primeira foi para Israel, uma inesquecível experiência.
Na ida passamos por Roma, e pela primeira vez conheci o frio de verdade! Faziam 2 graus.
No dia seguinte chegamos a Telaviv, e fomos recebidos como reis. Foi lindo!
Tocamos em um teatro com capacidade para 5 mil pessoas e estava lotado, recebemos disco de ouro lá, foi incrível, até que um dia aconteceu!!
Fomos tocar num campo do exército as margens do mar morto, e passamos pelo território da Jordânia onde tivemos que passar abaixados dentro da van, pois seriamos apedrejados.
E foi o que aconteceu!
Aí entendi que estávamos em território de guerra.
Logo após, estourou um sistema de terror.
Acordamos com helicópteros de guerra rodeando os bangalôs, procuramos saber e descobrimos:
Israel tinha detonado toda frota aérea da Arábia no solo árabe e ficou esperando o contra-ataque.
A cidade ficou em pé de guerra e eu em terror!
Nas ruas soldados em fila e armados.
Em todos os lugares tanques de guerra. O terror estava instalado.
Finalmente conseguimos sair daquele país, apesar de ser a terra onde CRISTO caminhou, pregou e realizou milagres. Vive em pé de guerra.
Foi um alívio! Mas só relaxei quando chegamos em Roma de novo, e dessa vez o frio estava pior.
No dia seguinte chegamos ao Brasil, foi a melhor coisa que aconteceu naqueles dias, pisar no solo brasileiro.
Até mais com novas histórias.
Um beijo no coração de todos.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Parte 2


Parte 4
Oi tudo bem?
Hoje começarei falando dessa nova experiência de virar batera oficial da FURTA COR.
Poxa na época era uma responsabilidade danada pra mim. Eu vinha novo tocando, entrar numa banda de nome e respeitada, mas encarei com seriedade, foi muito difícil, mas deu certo.
Foi quando começaram as batalhas. Eu conhecia a estrada bem, mas como “roaddie” como músico as coisas eram bem diferentes,
pois como “roaddie” eu nunca ia pro hotel, sempre ia direto pro palco.
Fica o show todo ligado mas sem esforço físico, o trabalho era mais forte antes e depois do show e como músico eu tinha que descansar, pois tinha um show inteiro pela frente e tinha que ter resistência para fazer ele todo, senão andamento ia por água a baixo
e logo depois viajamos de novo.
Naquela época tocávamos de terça a domingo, bons tempos !!!
E quando era carnaval de época (micareta) tocávamos 6 horas em cima de um trio, mas era massa aquela época, muito boa .
Conheci a banda BEIJO e o grande guitarrista CARLOS BOCA que é meu amigo até hoje, além de outros artistas da época como VANIA ABREU cantora da banda BIS , ZÉ HONORIO, DANIELA com CIA CLICK e assim por diante.
Comecei a sentir o cansaço muscular, claro ! não estava acostumado aquela maratona de shows.
Tive que começar a malhar e vi que isso estava dando resultado. Foi quando tudo clareou, tinha que ter resistência pra encarar a maratona se não malhasse não tinha a palavra mágica resistência.
A música mudou, os “beats” subiram pra caramba com o passar dos tempos sem resistência nada funcionava, ou seja, além de estudar tinha que malhar .
Bem, por hoje fico por aqui amanhã tem mais.
Um beijo no coração de todos.
Vida de artista não é nada fácil!!! Querer, poder e conseguir!!

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Parte 1

Oi vamos lá!
Nessa nova fase eu já estava tocando, mas não profissionalmente.
Estava bem acostumado com toda aquela rotina de viagens e etc.., pois trabalhava como “road”e nos tempos vagos estudava bateria.
Eu era meio afinado, foi quando rolou uma oportunidade de cantar no grupo AVATAR, me joguei de cabeça , naquele tempo não tinha computador que afina voz ou você cantava ou não cantava , então comecei cantando no grupo AVATAR, grupo de lambadas.
Gravei um disco onde tocou algumas faixas e fiz sucesso na época, mas não estava contente, pois queria mesmo era tocar, ainda fascinado com a bateria, pois continuava sempre estudando.
Consegui convencer meu irmão a colocar surdo para eu tocar e cantar algumas músicas.
Poxa na época não tinha surdos nem na percussão, só o OLODUM usava surdos, meu irmão foi meio resistente, mas conseguir convencer ele.Eu fui o pioneiro em colocar surdos no palcos da axé músic! Onde hoje é fundamental usar surdos.
Comecei usando surdos e também pandeiroe já estava tocando bateria com outros artistas. Numa dessas viagens meu irmão resolveu ir comigoera um fim de semana que a FURTA COR não estava tocando. No final da viagem a empresária ligou para nós e disse que tinha fechado um show, nos deslocamos para a tal cidade JACOBINA no meio da viagem fomos parando e ligando pra saber como estavam as coisas, ele já sabendo que não tinham achado o batera, disse a ela: pode mandar a banda que ALÃ faz o show,
mas sem me avisar. Eu estava todo tranqüilo. Ele chegou na recepção do hotele disse vamos passar o som eu disse que estava pronto, e ele disse cadê o material?
Foi ai que fiquei sabendo que eu tocaria o showsem ensaiar nada, mas tinha um fator positivo, eu conhecia o show todo subir no palco toquei o show todo certinho parecia que tinha ensaiado. Foi quando no final ele me disse a partir de hoje você é o batera foi quando realizei meu sonho.
Bem, por hoje é só.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

O começo


bem contarei mais uma historia
Logo após esse episódio, comecei a me interessar por esse instrumento (bateria).
Eu só pensava nisso,minha mãe queria que eu estudasse bateria, mas que eu não seguisse a carreira de músico (e eu só pensava nisso), pois meu irmão não parava em casa e ela não queria que mais um filho não participasse das festas de São João, Natal e etc...em casa.
        Então ela me deu um ultimato: “se você realmente quiser aprender a tocar, você vai ter que pagar do seu bolso.” Comecei a mover minha peças, mas nada conseguir, pois além de não ter professor, quem ensinava cobrava caro. Foi então que fiz um teste pra trabalhar na caixa e passei.
        A partir daí comecei a estudar com o baterista Jair Pelé, grande músico e tocava pra caramba
também. Não sei onde ele estar, mas é um grande músico. Ele me ensinou além de ler partitura, saber colocar a bateria na música, ou seja, tocar pra música. Isso aprendi com muito carinho. Logo após ele foi embora para São Paulo, mas deixou uma imensa base comigo e comecei a seguir sozinho.
       Tive outros professores, mas nada de importante como Jair Pelé, através de meu irmão ADEMAR conheci Cezinha , que hoje estar com Maria Gadú. Ele me permitiu que fosse ver as gravações na WR, foi quando pela primeira vez conheci o metrônomo e vi Cezinha tocar com uma facilidade em cima do metrônomo. Sair de lá fascinado, e disse: “eu quero tocar no metrônomo como Cezinha toca.”
       Passei a estudar com o tal, mas a estrada é enorme e não é de um dia pra o outro que você começa e deslanchar no metro, demorou mais conseguir. Comecei a tocar com bandas de bairro, foi quando meu irmão me chamou pra trabalhar com ele de “road" , pra mim foi uma enorme escola, pois aprendi pra caramba. Passava o som e via como funcionava, como acontecia tudo. Apartir dai tudo mudou, comecei realmente encarar com profissionalismo minha carreira.

Por hoje é só pessoal, amanhã tem mais.

Viagens



A descoberta do dom”

Tenho muitas histórias para contar.
Hoje, começarei com uma bem antiga, Quando meu irmão ADEMAR DA FURTA COR viajou para fazer um show e esqueceu o pedal da bateria.
Eles estavam em Vitória da Conquista, Eu era novinho e viajei sozinho para levá-lo., Foi quando tudo começou !
Me apaixonei por esse instrumento e nunca mais conseguir deixa-lo.
Esse foi meu primeiro contato com a bateria e com um baterista chamado Valdir Lima (Sassarú) que na época era considerado o melhor baterista da bahia, pois ele tocava pra caramba.
Atualmente não sei onde ele estar, mas ele merecia um bom lugar nessa história da música Bahiana.

Por hoje de início fico por aqui, mas colocarei coisas incríveis .